Capelinha das ApariçõesSalvo pequenas alterações, a Capelinha das Aparições mantém-se hoje tal como foi construída em 1919, dois anos depois do pedido formulado pela Virgem Maria na sexta aparição em Fátima, a 13 de outubro de 1917. Radicalmente diferente está o espaço envolvente, sobretudo o alpendre, construído especialmente para a primeira visita do Papa João Paulo II, em maio de 1982. É a 19 de agosto de 1917, na quarta aparição, que Nossa Senhora faz a primeira referência à pequena capela, ao destinar parte do dinheiro deixado na Cova da Iria para ajuda dessa construção. Dois meses depois, em outubro, deixou bem claro o pedido: «Quero dizer-te que façam aqui uma capela em Minha honra, que sou a Senhora do Rosário, que continuem sempre a rezar o Terço todos os dias». A pequena capela foi construída no local das aparições, entre 28 de abril e 15 de junho de 1919, tendo acolhido a primeira missa em 13 de outubro de 1921. É, desde então, o coração do Santuário. Na noite de 5 de março de 1922 a Capelinha foi alvo de um ataque com explosivos, que a destruiu parcialmente, iniciando-se pouco depois a sua reconstrução, que se prolongaria até 13 de janeiro de 1923, data em que foi reinaugurada. As novas obras incluíram a construção de um alpendre, concluído em outubro de 1924. Quarenta anos depois, em 1964, as placas de “ex-votos” que cobriam as paredes foram retiradas, mas a grande alteração foi introduzida em 1982, com a construção de um alpendre bem maior. Edificado a tempo da visita de 1982 do Papa João Paulo II, o novo alpendre dá mais visibilidade à Capelinha e permitiu criar condições para as várias celebrações e, sobretudo, para acolher os peregrinos que ali se juntam para rezar junto da Imagem de Nossa Senhora. Mudança importante foi a transferência da Imagem de Nossa Senhora do Rosário de Fátima para um pedestal colocado no exterior da capela, no local exato onde se encontrava a azinheira sobre a qual a Virgem Maria aparecera a Lúcia, Jacinta e Francisco por cinco vezes em 1917. A Imagem está protegida por uma redoma de vidro à prova de bala. A última intervenção na Capelinha data de 1988, Ano Mariano, e consistiu na utilização de madeira de pinho do norte da Sibéria, Rússia, para forrar o teto do alpendre.
ValinhosA quarta aparição de Nossa Senhora em Fátima teve lugar em data e local diferentes dos das restantes cinco: ocorreu em 19 de agosto, numa zona chamada Valinhos, a cerca de três quilómetros da Cova da Iria e a poucas centenas de metros da casa de Lúcia. A diferença explica-se pelo facto de o Administrador de Ourém ter levado as três crianças para sua casa, ali as mantendo do dia 13 ao dia 15, para evitar a sua presença no lugar das Aparições, e querendo saber o teor do segredo que os Pastorinhos haviam recebido. Regressados a casa, Francisco e Lúcia, acompanhados de João, irmão do Francisco e da Jacinta, foram apascentar o rebanho no dia 19 numa propriedade chamada Valinhos. Sentindo uma envolvência sobrenatural e suspeitando que Nossa Senhora estaria para aparecer, os dois videntes pediram a João que fosse a chamar Jacinta, para que ela pudesse também estar presente. Uma vez chegada Jacinta, viram de novo Nossa Senhora, que lhes apareceu sobre uma carrasqueira, árvore entretanto desaparecida (tal como a azinheira da Cova da Iria), levada aos poucos pelos fiéis. O local da Aparição, na qual pela primeira vez a Senhora alude à construção de uma capela na Cova da Iria, está assinalado por um monumento, oferta dos católicos húngaros, inaugurado em 12 de agosto de 1956. É constituído por um nicho, da autoria do arquiteto António Lino, no interior do qual se encontra uma imagem de Nossa Senhora, obra da escultora Maria Amélia Carvalheira da Silva. |