A visita do Papa Francisco tem também um hino próprio, com o objectivo de ser um traço unificador nos apelos à presença dos peregrinos em Fátima. O título é “Deus em mim”, com letra do Pe. José Tolentino Mendonça e música de João Gil. A interpretação é do grupo Vocal Emotion.
LetraDeus em mim Somos apenas um traço cinzento Deus em mim Com Maria, onde quer que vás Sei que Maria nos abre caminhos Deus em mim Com Maria, onde quer que vás Deus em mim Haverá nos céus / um segredo
Pe. Tolentino MendonçaSacerdote, poeta e teólogo, com 51 anos, José Tolentino Mendonça é natural do Machico, Madeira, exercendo atualmente as funções de vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa, onde é professor, e responsável pela Capela do Rato, em Lisboa. Autor de mais de 20 livros, entre poesia, textos pastorais, teatro e ensaios, o Pe. Tolentino recebeu, entre outros, o Prémio Cidade de Lisboa (Poesia), o Prémio de Ensaio Pen/Club 2005, o Prémio de Poesia Inês de Castro, o Prémio literário italiano Res Magnae (2015), o Grande Prémio APE/CM de Loulé - Crónica e Dispersos Literários (2016) e o Grande Prémio de Poesia Teixeira de Pascoaes (2016). Algumas das suas obras foram editadas no estrangeiro, casos de, entre outras, de “O Tesouro escondido”, de 2011, com edições no Brasil, Alemanha, Itália, Espanha e toda a América Latina, República Checa e países de língua inglesa, ou “Pai-nosso que estais na terra”, também de 2011, publicado no Brasil, Alemanha, Itália, Espanha e toda a América Latina, República Checa, EUA, países de língua Francesa, Indonésia, Inglaterra, Irlanda, Austrália e Croácia. O seu livro “O Hipopótamo de Deus” (2013) integra a listas das obras recomendadas pelo Plano Nacional de Leitura. A mais recente obra, de 2015, é “A construção de Jesus”. Consultor do Conselho Pontifício da Cultura, cronista em órgãos de Comunicação Social, é doutorado em Teologia Bíblica pela Universidade Católica Portuguesa e foi agraciado com o grau de comendador da Ordem de Santiago e Espada.
João GilNatural da Covilhã, onde nasceu há 61 anos, o músico João Gil começou a ser conhecido com os Trovante, grupo que fundou em agosto de 1976 com Artur Costa, Manuel Faria e os irmãos Luís e João Represas. O grande reconhecimento do público e da crítica surge apenas em 1981, quando gravam o terceiro álbum, “Baile no Bosque”. Em novembro de 1991, João Gil deixa os Trovante e forma o Moby Dick e dois anos depois, em 1993, inicia o grupo Ala dos Namorados. Participou em projetos como o Rio Grande e Cabeças no Ar e criou a Filarmónica Gil, antes de enveredar por uma carreira a solo, que manteve a par de outras iniciativas, como Baile Popular e Quinteto Lisboa. Esta não é a sua primeira experiência no campo do musical religioso, depois de ter lançado em 2012 a “Missa Brevis”, de sua autoria, interpretada pelo grupo Cantate, formado por alguns dos músicos com quem trabalhou ao longo das sua carreira: Luís Represas, Manuel Rebelo, Manuel Paulo, Diana Vinagre e o próprio João Gil. Trata-se de uma obra com músicas a partir de textos litúrgicos em latim, com o objetivo de intervir culturalmente no Ano da Fé (2012-2013). “Quando me ocorreu compor uma “Missa Brevis”, lembrei-me dos tempos em que acolitava ainda muito criança lá na Covilhã, lembrei-me do meu Irmão José Alberto Gil, compositor com quem partilhava o quarto e que me inundava os dias com enxurradas de Mozart e Bach, lembrei-me de minha mãe, pessoa de enorme sensibilidade que nos soube transmitir o bom senso e a compreensão do mundo espiritual”, explicou, na altura.
Vocal Emotion
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