Novo presbitério do Recinto do Santuário
O novo altar está mais próximo da assembleia dos fiéis
Aproximar o altar da assembleia e ao mesmo tempo sublinhar a importância dos diferentes lugares litúrgicos são dois dos objectivos definidos para o novo presbitério do Recinto de Oração, dedicado em maio de 2016.
Outro critério foi a necessidade de disciplinar o uso dos espaços e as movimentações durante as celebrações litúrgicas.
Com uma capacidade para 140 concelebrantes, construído ao longo de um ano, o novo altar implicou a reformulação da escadaria do recinto, mantendo o mesmo tipo de pedra da região, e surge da necessidade de aproveitar as celebrações do Centenário das Aparições para substituir o presbitério existente desde a visita de João Paulo II, em 1982.
O projeto é da autoria do arquitecto grego Alexandros Tombazis, que assinou a Basílica da Santíssima Trindade, e da arquitecta Paula Santos.
Segundo uma nota da arquitecta Joana Delgado, consultora do Serviço de Ambiente e Construções do Santuário, o novo altar inclui algumas obras de arte, das quais se destacam os lugares litúrgicos, da autoria do arquitecto João Mendes Ribeiro, a imagem de Cristo Crucificado, do escultor Filip Moroder Doss, e a escultura no tardoz do presbitério, da autoria de Fernanda Fragateiro.
O novo presbitério é um edifício com dois pisos e uma área de cerca de 600 metros quadrados. O andar superior, à cota do patamar intermédio da escadaria da Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, é totalmente preenchido pelo espaço dedicado às celebrações religiosas.
O piso inferior, subterrâneo, concentra os serviços de apoio, incluindo a Capela da Sagrada Reserva, a sacristia e espaços diversos, como uma zona para preparação de flores e áreas técnicas.
A arquitecta Joana Delgada refere que há “acessos francos, a ambos os pisos”, o que multiplica as possibilidades de movimentação, que se pretende que sejam “discretas, fluídas e eficazes” durante as celebrações.
O novo presbitério é assente num corpo central em betão, tendo por cobertura uma estrutura metálica revestida a fibra de vidro, em forma de leque.
O altar ocupa o lugar central do espaço e a cátedra, a eixo do altar, encontra-se ligeiramente elevada permitindo a visibilidade de quem preside à celebração.
O ambão, lugar onde se sobe para proclamar a Palavra de Deus e, por vezes, as intenções da oração universal, surge destacado e, em contraponto a este, fica o lugar onde o andor da Virgem Maria permanece nas celebrações.
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