Cerimónia de Canonização passo a passo

20 de abril, 2017

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A cerimónia de canonização de Francisco e Jacinta Marto vai decorrer no início da Missa das 10h00 de 13 de maio no Santuário de Fátima, presidida pelo Papa Francisco, logo após o cântico de entrada e a saudação inicial, proferida pelo Santo Padre.

Os relicários em forma de candeias contendo as relíquias dos dois novos santos da Igreja Católica, uma madeixa de cabelo de Jacinta e um fragmento de osso da costela de Francisco, integram o cortejo de entrada da Missa, sendo colocados no altar, junto da imagem de Nossa Senhora de Fátima.

O transporte das relíquias dos mais jovens santos não-mártires é feito pela Irmã Ângela Coelho, Postuladora da Causa da Canonização de Francisco e Jacinta, e por Pedro Valinho, assessor da Postulação e atual director do Serviço de Peregrinos do Santuário.

Segue-se a cerimónia de canonização dos dois Pastorinhos, a primeira realizada em Portugal, que vai decorrer em português.

Depois da saudação inicial do Papa, o coro entoa o cântico Veni Creator Spiritus, assinalando o começo da cerimónia de canonização.

O Bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, pede ao Papa que inscreva Francisco e Jacinta no Álbum dos Santos e faz uma breve apresentação da biografia dos dois novos santos.

O Santo Padre convida então a Assembleia dos Fiéis a cantar a ladainha dos santos.

No final, pronuncia, em português, a fórmula da canonização:

“Em honra da Santíssima Trindade, para exaltação da fé católica e incremento da vida cristã, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e a nossa, após ter longamente refletido, invocado várias vezes o auxílio divino e escutado o parecer dos nossos irmãos no episcopado, declaramos e definimos como Santos os Beatos Francisco e Jacinta Marto, inscrevemo-los no Álbum dos Santos e estabelecemos que em toda a Igreja eles sejam devotamente honrados entre os Santos”.

No final, os presentes aclamam a proclamação com um cântico de júbilo, durante o qual um diácono vai incensar as duas relíquias.

Acompanhado pela Postuladora da Causa da Canonização de Francisco e Jacinta, o Bispo de Leiria, D. António Marto, agradece a proclamação e pede ao Papa que redija a Carta Apostólica relativa à canonização dos dois Pastorinhos.

O coro entoa o Glória, assinalando o fim da Cerimónia da Canonização e a continuação da Eucaristia.

No termo da Missa, as duas relíquias deixam o altar com o andor da imagem de Nossa Senhora de Fátima e seguem em cortejo até à Capelinha das Aparições, onde vão ficar expostas até ao final do dia 13 de maio.

Regressam depois à Casa das Candeias, onde se encontram habitualmente, uma vez que as relíquias mais importantes de Francisco e Jacinta, os seus corpos, estão à guarda do Santuário, nos túmulos colocados nos dois lados do transepto da Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima.

A decisão do Papa Francisco de canonizar os dois Pastorinhos a 13 de maio não altera o programa definido para a Peregrinação do Papa a Fátima, apenas fazendo atrasar os restantes pontos da visita, nomeadamente o almoço do Santo Padre com os bispos portugueses, na Casa de Retiros de Nossa Senhora do Carmo.

 

Simbologia dos relicários

Os relicários que guardam as relíquias de Francisco e Jacinta são em forma de candeia, recordando a missão que tão bem cumpriram: na simplicidade das suas vidas, oferecerem um reflexo da luz de Deus que rompe as trevas com um toque de esperança.

Isso mesmo foi dito por João Paulo II, quando disse que os dois videntes eram “as duas candeias que Deus acendeu para iluminar a humanidade nas suas horas sombrias e inquietas”.

As relíquias, uma madeixa de cabelo de Jacinta e um fragmento de osso da costela de Francisco, são consideradas de primeira classe, por terem sido extraídas do corpo dos dois videntes.

Normalmente as canonizações são realizadas com relíquias de primeira classe, como é o caso. As relíquias de segunda classe são objectos (roupas, óculos, utensílios, etc) que tenham pertencido aos santos, enquanto as de terceira classe são objectos que tenham tocado no corpo dos santos.

No início da Missa durante a qual vai decorrer a canonização de Francisco Jacinta, os dois relicários vão ser levados em procissão junto ao andor da Senhora do Rosário, até ao altar do Recinto.

Os relicários serão transportados sobre um véu branco que leva, ao centro, uma cruz feita de fragmentos da veste branca usada no batismo pelos que serão agora proclamados santos.

A veste branca recorda-nos que, pelo batismo, somos revestidos de Cristo (cf. CIC, 1243). A Igreja é a assembleia dos que «lavaram as suas túnicas e as branquearam no sangue do Cordeiro» (Ap 7,14).

A interpelação maior que a Igreja acolhe do exemplo espiritual dos Pastorinhos é a de assumir a vocação batismal: uma vida centrada em Deus que se torna reflexo da luz branca com que Deus ilumina o mundo.

 

Atualizada


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