Argentino, chamado Jorge, pai de Francisco e Jacinta

10 de maio, 2017

 

 

É argentino, chama-se Jorge, casado com uma portuguesa e tem dois filhos chamados Francisco e Jacinta. Vigilante-sacristão no Santuário de Fátima, vai integrar com a família o cortejo do Ofertório na Missa do dia 13 de maio.

Uma graça, como diz, que o preencheu e deixou muito feliz: “É difícil falar de emoções fortes como estas. Preencheu-me completamente, deixou-me cheio de alegria e de gratidão”.

O convite foi recebido pela família com grande alegria: “foi mais um motivo para rezarmos ainda com mais intensidade. A nossa oração está agora centrada na canonização destas duas crianças queridas, que aprendemos a amar. Os nossos filhos chamam-se Francisco e Jacinta por isso mesmo”.

Natural de Chaco, a “capital da resistência argentina”, no norte do país, Jorge Hernan Sosa conheceu Isabel, portuguesa, em Buenos Aires. Casaram em 2005 e decidiram vir viver para Portugal, em Pombal, zona onde viviam os pais da noiva.

Durante três anos trabalhou em vários ofícios, enquanto Isabel arranjou trabalho como professora. Em 2008 responderam a um anúncio, foram entrevistados e aceites no Santuário, local onde sempre quiseram trabalhar. Ele como vigilante e Isabel no acolhimento de peregrinos.

“Quando nos casámos, Isabel disse-me que o melhor sítio para irmos viver seria Fátima. Foi sempre o local onde quisemos viver e criar a nossa família”, contou.

Tudo isso foi sempre um sinal de que a Providência Divina “nunca deixou de olhar por este pequeno ‘chaquenho’”.

“Quando andamos perto do abismo, Deus olha por nós e não nos deixa cair. O que nos aconteceu foi sempre isso”, afirma, a sorrir.

Nos tempos vividos em Buenos Aires poucos contatos com o então cardeal Jorge Bergoglio.

“Lembro-me de ter estado uma vez numa celebração na catedral, presidida pelo agora Papa”, referiu.

O convite da organização da Peregrinação surpreendeu-o: “Não há mérito nenhum. Fui escolhido e estou muito grato, estamos todos muito gratos. Todos os nossos familiares, amigos e vizinhos estão também muito contentes. Sabemos que vamos representar todas essas pessoas. Só esperamos ser dignos desta responsabilidade”.

“As graças que vamos receber na celebração deste Centenário e na Canonização, só as vamos perceber mais tarde. Só sei que é uma luz que nos cega e que a pouco e pouco vamos compreender. Não há sombras. É uma luz que nos ilumina e nos conduz”, acrescentou.

“Tenho a certeza de que com o tempo irei consegui entender isto tudo, explicar tudo e perceber qual foi a minha missão”, concluiu.


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